Por que o tema está em alta nas discussões da grade curricular e qual será o impacto disso para as futuras gerações? Um dos temas que vem sendo discutido muitos nos últimos anos é a importância da educação financeira nas escolas. E não por menos: o Brasil registrou, no final de 2021, mais de 63 milhões de pessoas inadimplentes, de acordo com informações apuradas pela Serasa.
É claro que a pandemia da Covid-19 ajudou a aumentar esse número. De acordo com uma pesquisa também feita pela Serasa, em parceria com a Opinion Box, quase 40% dos cidadãos tiveram sua renda afetada durante a pandemia.
Apesar desses fatores, essa situação também é reflexo da falta de conhecimento financeiro dos brasileiros. Eis, então, a importância de se ensinar sobre o tema desde cedo. E por que não fazer isso nas escolas?
E para tentar driblar essa situação, o Governo Federal, por meio do Ministério da Educação (MEC) em parceria com a Comissão de Valores Mobiliários (CVM), lançou o Programa Educação Financeira nas Escolas em agosto de 2021.
Então, para você entender um pouco mais sobre a ideia desse projeto e os benefícios da educação financeira na escola, continue a leitura.
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O que é educação financeira?
Para deixar o assunto um pouco mais claro, é importante saber mais sobre a definição de educação financeira.
A educação financeira tem como objetivo ajudar as pessoas a administrarem o seu dinheiro, valorizando o consumo consciente e até mesmo a prevenção de situações de fraude. O assunto é importante principalmente diante do cenário complexo dos mercados financeiros e das mudanças demográficas, econômicas e políticas do país.
Com o conhecimento, é possível reduzir a inadimplência, melhorar a qualidade de vida e proporcionar a possibilidade de as famílias montarem seus planejamentos financeiros. Com isso, paga-se menos taxas de juros desnecessárias e aumenta-se o poder de compra.
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Educação financeira na grade curricular das escolas
O Programa Educação Financeira nas Escolas, mencionado acima visa, primeiro, oferecer aos professores cursos gratuitos de formação em educação financeira, para que o tema esteja presente nas salas de aula.
Inicialmente, estima-se capacitar, em três anos, 500 mil professores, que poderão levar o tema a mais de 25 milhões de estudantes brasileiros. Esses números foram apresentados pelo então Ministro da Educação, Milton Ribeiro, durante evento exclusivo de lançamento do programa.
Entre 2008 e 2010, o tema educação financeira nas escolas já era objeto de desejo do governo. O assunto foi abordado em um projeto piloto que tratou do tema em escolas da rede pública nos estados do Ceará, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Tocantins e do Distrito Federal.
O material didático distribuído pelo projeto piloto impactou cerca de 26 mil alunos e 2 mil professores de 891 escolas, de acordo com o site do MEC. O tema foi abordado nas aulas de matemática, ciência, história, geografia e português, não sendo uma disciplina extracurricular.
A educação financeira nas escolas pode preparar melhor os alunos para a realidade da vida adulta. Temas como comissão de valores mobiliários, cooperação e desenvolvimento econômico e finanças pessoais devem estar presentes nas salas de aula, seja no ensino médio ou no ensino fundamental, base nacional comum curricular das escolas públicas precisa contar com estes e outros assuntos.
Dicas de educação financeira para crianças e adolescentes
Apesar da extrema importância de se ensinar educação financeira nas escolas, as crianças e adolescentes também podem ir experimentando o assunto em casa. Isso faz parte da educação básica.
Isso, além de contribuir com o futuro das gerações, também é benéfico para as famílias, pois todos passam a olhar para o mesmo planejamento financeiro e entender o poder de compra no lar.
Por isso, algumas dicas simples podem ser aplicadas no dia a dia para deixar os jovens mais próximos do assunto.
1. Seja um bom exemplo
Não adianta pregar a teoria e esquecer da prática. Os filhos se baseiam muito no exemplo diário dos pais.
Então, comece antes mesmo por você, montando um planejamento financeiro familiar, por mais simples que seja, e reavalie maus hábitos que podem te levar ao endividamento.
Procure alternativas para quitar suas dívidas o mais rápido possível, se tiver, pense a longo prazo para evitar gastos por impulso e faça uma reserva de emergência para oferecer mais segurança à sua família se surgirem imprevistos.
2. Fale sobre a realidade financeira da família
É importante as crianças entenderem, desde cedo, qual a realidade da família. Dar presentes caros, pagos em muitas parcelas, pode atrapalhar seu planejamento financeiro, além de prejudicar a visão dos pequenos sobre o valor do dinheiro.
Envolva as crianças em algumas conversas sobre dinheiro para que elas já tenham alguma noção dos custos necessários para manter uma casa.
3. Não estimule o consumo compulsivo
Muitos pais costumam dar tudo que os filhos pedem, na hora que querem. Independentemente da condição financeira da família, ações como essas podem incentivar o consumo compulsivo.
Isso, além de gerar problemas financeiros, também pode ser prejudicial à saúde mental dos filhos. Fique de olho!
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4. Ensine sobre juros
Este pode ser um problema sério dos brasileiros, principalmente ao fazer compras parceladas sem se preocupar com os juros.
Ensine as crianças que é sempre melhor comprar à vista e evitar pagar juros. Isso contribui também para que elas tenham melhor entendimento sobre como funciona o mercado financeiro.
5. Entenda que pechinchar não é errado
Muitas pessoas têm vergonha de pedir descontos ou negociar preços antes de fechar uma compra. Esse comportamento pode se refletir nas crianças. Por isso, estimule o poder da boa negociação, pedindo descontos, melhores condições de pagamento e melhor qualidade dos serviços prestados.
6. Envolva a tecnologia
Uma forma simples de ensinar sobre finanças pode ser através da tecnologia, então, aproveite a facilidade e interesse que as crianças têm sobre este assunto.
Hoje em dia, graças à internet, há muitos produtos que auxiliam na educação financeira infantil, como os aplicativos de gerenciamento de gastos.
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Carteira digital: a grande aliada da sua saúde financeira
A carteira digital é uma ferramenta que concentra opções de pagamento de forma digital. Assim, você pode fazer compras e pagamentos online ou presencialmente deixando de lado opções como dinheiro, cheque e cartões, seja de crédito ou de débito.
A grande vantagem dela na educação financeira é a possibilidade de acompanhar rendimentos, contas a pagar, compras feitas e muito mais. Algumas até possibilitam parcelar pagamento de boletos bancários, como no caso da Carteira Digital Serasa.
Para conhecer mais sobre os benefícios desta carteira digital e como ela pode te ajudar a introduzir a educação financeira na vida das crianças, basta acessar o site ou baixar o aplicativo da Serasa, fazer o cadastro e começar a usar. Você não paga taxa de manutenção e a plataforma é totalmente segura.
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