Equilíbrio financeiro é essencial para manter saúde do bolso e também da mente
O mais recente levantamento da Serasa, divulgado em maio, indica que o número de inadimplentes – ou seja, aqueles que têm muitos gastos e por isso não conseguem pagar as contas em dia – no Brasil cresceu 0,68% em relação a abril, representando recorde em inadimplência desde o começo da série histórica iniciada em 2016.
A saúde financeira de uma família implica em diversos fatores que podem não estar no controle, como a alta nos índices de desemprego no país, aumento dos valores dos alimentos, gasolina, remédios, entre outros itens que são utilizados no dia a dia dos brasileiros.
Nisso também entra a inflação, que quando está alta significa que produtos e serviços estão encarecidos, mas geralmente essa correção não é feita também para o salário dos empregados. Dessa forma, a renda familiar, embora tenha o mesmo valor numérico, passa a ter um menor poder de compra.
Porém, independentemente dos custos dos produtos, o ideal é se organizar financeiramente para que todos os meses se consiga pagar todas as contas em dia, evitando qualquer problema no futuro.
Entenda sua realidade
O primeiro passo para começar a se organizar financeiramente é saber quanto tem de dinheiro todo mês de entrada na conta, ou seja, o salário que é recebido pela família. Caso a pessoa seja autônoma, é importante colocar uma média salarial que se recebe durante o mês.
Organize seus gastos
Tendo essa base, o segundo passo é montar uma planilha com todos os gastos fixos durante o mês, que pode incluir o aluguel, além de uma média de gastos de conta de água, luz, telefone, alimentação, remédios e médicos.
Pode também se organizar uma planilha à parte para os lazeres com a família, como comer em restaurantes, passeios ao parque, cinema, entre outros momentos importantes de lazer.
Profissionais da área financeira aconselham que para os gastos fixos seja reservado em torno de 50% do dinheiro, 35% para o lazer e 15% para fazer uma reserva de emergência, como uma poupança.
Faça uma reserva de emergência
A reserva de emergência é uma parcela da renda que se guarda todos os meses, caso sejam necessários gastos futuros com algum imprevisto. Este pode ser um conserto da casa ou do automóvel, tratamento de saúde de algum dos moradores, multas de trânsito, quitação antecipada de dívida, entre outros.
Priorize as contas a pagar
Agora, ao começar a se organizar através das planilhas, é importante priorizar as contas por ordem de urgência. O topo dessa lista são os gastos recorrentes, por exemplo: aluguel, alimentação e outras contas básicas como energia, gás, água, internet, entre outras.
Essas contas são esperadas mensalmente e, não pagá-las, significa entrar em uma “bola de neve” financeira. Além disso, é preciso lembrar que essas despesas são básicas à sobrevivência.
Em segundo lugar vem as dívidas com maior taxa de juros, porque quanto maior essa taxa, mais cara é aquela dívida com o passar do tempo.
Além do que, caso utilize cartão de crédito, pague a fatura total para que não vire uma situação descontrolada, por conta dos juros que o cartão gera. Pagar o total da fatura ou possíveis financiamentos em dia também ajuda muito em como aumentar o score, por exemplo.
Invista em educação financeira
Outro passo bem importante para manter a saúde financeira em dia é investir em educação financeira, saber como é possível fazer investimentos a curto e a longo prazo, entender como o dinheiro pode render mais, evitar gastos desnecessários.
Todas estas formas de lidar melhor com as situações financeiras ajudam muito a manter a saúde mental em dia, pois evita que se tenha ansiedade e preocupações com o futuro; afinal, está tudo dentro do controle pessoal da família.