Nos últimos anos, o trabalho híbrido deixou de ser uma tendência para se consolidar como um modelo adotado por empresas de diferentes portes e segmentos. Essa nova forma de organizar a rotina profissional, que combina dias presenciais e remotos, trouxe inúmeros benefícios para organizações e colaboradores, como maior flexibilidade, melhor qualidade de vida e até redução de custos – mas também trouxe desafios significativos para os gestores de pessoas.
Por isso, os departamentos de Recursos Humanos precisam repensar políticas, processos e benefícios. Questões simples do passado, como a concessão de vale-transporte, agora convivem com alternativas que fazem mais sentido para alguns colaboradores, como o vale combustível, que apoia quem usa o carro para se deslocar em dias específicos de trabalho presencial, por exemplo.
Essa é uma das mudanças que ilustram bem como o RH precisa adaptar-se para equilibrar as demandas individuais com a estratégia organizacional.
A comunicação como ponto central
Um dos maiores obstáculos do trabalho híbrido é a comunicação: quando parte da equipe está no escritório e outra parte em home office, há um risco maior de falhas na troca de informações, ruídos de interpretação e até exclusão involuntária de alguns colaboradores. Para evitar essas situações, o RH e as lideranças precisam investir em ferramentas digitais de colaboração, além de reforçar boas práticas de comunicação clara e inclusiva.
A transparência também se torna essencial – funcionários devem ter acesso rápido a informações sobre metas, resultados e decisões estratégicas. Caso contrário, o sentimento de desconexão pode aumentar, prejudicando o engajamento.
Engajamento e senso de pertencimento
Manter colaboradores engajados já era uma tarefa desafiadora no modelo tradicional. No híbrido, esse desafio se intensifica, pois a equipe está fisicamente dividida. Cabe ao RH criar iniciativas que reforcem o senso de pertencimento, como encontros presenciais periódicos, programas de reconhecimento e ações que valorizem conquistas individuais e coletivas.
Pequenos gestos, como a criação de rituais virtuais de interação – cafés online, grupos de interesse ou happy hours digitais – ajudam a estreitar laços. Além disso, encontros presenciais precisam ser planejados com propósito, de forma a realmente agregar valor à experiência do colaborador.
Produtividade e autonomia
Outro ponto de atenção é a produtividade. No trabalho híbrido, é natural que líderes sintam dificuldade em acompanhar a rotina de suas equipes. Isso exige uma mudança de mentalidade: em vez de controlar o tempo online ou a presença física, é preciso avaliar entregas, resultados e qualidade do trabalho.
Dar autonomia ao colaborador, ao mesmo tempo em que se estabelece clareza de objetivos e indicadores de desempenho, é um equilíbrio delicado, mas fundamental. Empresas que insistem em práticas de microgestão tendem a perder talentos, enquanto aquelas que confiam em seus times fortalecem o engajamento e a motivação.
Questões culturais e de equidade
O modelo híbrido pode criar divisões culturais dentro da organização. Colaboradores que frequentam mais o escritório podem ter maior visibilidade junto às lideranças, enquanto os que ficam mais tempo em casa podem sentir-se esquecidos. Isso pode gerar um ambiente de desigualdade e impactar a percepção de justiça organizacional.
Para enfrentar esse desafio, é importante que líderes pratiquem a equidade no acesso a oportunidades, feedbacks e promoções. Além disso, os processos de avaliação de desempenho precisam ser repensados, garantindo que todos tenham critérios claros e transparentes, independentemente de onde trabalham.
Gestão do bem-estar
Outro desafio crescente é a preservação do bem-estar. No trabalho híbrido, muitos colaboradores enfrentam dificuldades em separar a vida pessoal da profissional, especialmente nos dias de home office. Já nos dias presenciais, a questão do deslocamento pode gerar estresse adicional.
Para solucionar essas questões, é importante que o RH pense em políticas de apoio bem direcionadas: programas de saúde mental, incentivo à prática de atividades físicas e benefícios que realmente facilitem a rotina do colaborador. A oferta de auxílio transporte, ou mesmo do vale combustível, são exemplos práticos que contribuem para reduzir tensões relacionadas ao deslocamento.
O papel da liderança no híbrido
Nenhuma política de RH terá sucesso se não houver líderes preparados para conduzir equipes híbridas. Isso significa desenvolver habilidades como empatia, comunicação assertiva e capacidade de motivar times à distância. A liderança precisa ser capaz de criar conexões humanas mesmo por meio das telas, além de manter clareza nas expectativas e reconhecimento constante.
A formação contínua de gestores é essencial nesse processo. Treinamentos em gestão de equipes híbridas, ferramentas de colaboração digital e inteligência emocional ajudam líderes a lidar melhor com os desafios desse modelo.
Tecnologia como aliada
Por fim, a tecnologia é peça-chave para que o trabalho híbrido funcione. Softwares de gestão de projetos, plataformas de comunicação interna e sistemas de controle de jornada contribuem para dar visibilidade às entregas e manter a organização dos fluxos de trabalho.
O RH, nesse contexto, deve atuar como facilitador da transformação digital, escolhendo ferramentas que sejam intuitivas, acessíveis e que realmente resolvam os problemas do dia a dia. Afinal, a sobrecarga de sistemas complexos pode ter o efeito contrário, desmotivando colaboradores.
A gestão de pessoas no trabalho híbrido exige novas formas de pensar, agir e se relacionar com os colaboradores. Comunicação eficaz, práticas de engajamento, políticas de bem-estar e uso estratégico da tecnologia são pontos centrais para o sucesso desse modelo.
Mais do que nunca, o RH assume um papel estratégico, capaz de conectar as expectativas da empresa com as necessidades individuais. Os benefícios corporativos são apenas um exemplo de como pequenas adaptações podem ter grande impacto na experiência do colaborador. No fim das contas, o desafio maior é criar um ambiente justo, produtivo e humano – independentemente do local de trabalho.
Com presença em mais de 31 países, a Pluxee é uma das maiores empresas de benefícios corporativos do mundo, com foco em criar oportunidades e permitir que empresas de todos os tamanhos e setores cuidem bem de seus colaboradores.
Os serviços abrangem benefícios como vale-refeição, vale-alimentação, vale-transporte, plano de saúde e muito mais, garantindo que os seus colaboradores tenham sempre experiências transformadoras, que influenciam diretamente na produtividade e na felicidade no trabalho. Além disso, os sistemas integrados e 100% digitais permitem um gerenciamento rápido, eficaz e muito prático de todos os benefícios. Acesse o site da Pluxee e descubra tudo que a empresa pode oferecer para o seu negócio.