fissuras raras de face

Você já ouviu falar em fissuras raras de face?

As fissuras raras de face são anomalias congênitas que afetam o desenvolvimento das estruturas faciais durante a formação embrionária. Ao contrário das fissuras labiopalatinas que são as anomalias de face mais frequentes, as fissuras raras de face têm uma incidência muito baixa.

Durante o processo de formação da face, entre a 8ª e a 12ª semana de gestação, as estruturas faciais migram e se fundem para dar origem às características faciais adequadas. No entanto, em alguns casos, essa migração não ocorre corretamente, resultando no surgimento de fissuras que se estendem por toda a face, podendo inclusive alcançar o crânio.

As fissuras raras de face são classificadas de acordo com a classificação de Paul Tessier, que utiliza números para categorizar os diferentes tipos de fissuras craniomaxilofaciais. Além disso, essas fissuras podem ser divididas de acordo com a posição específica na face em que ocorrem.

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As fissuras faciais e cranianas

As fissuras faciais e cranianas nem sempre ocorrem simultaneamente, podendo haver apenas uma delas. Além disso, em certos casos, pode ocorrer a conjunção de fissuras raras, geralmente associada a síndromes genéticas, como a Síndrome de Treacher Collins, que envolve as fissuras 6, 7 e 8. Trata-se de uma condição rara que afeta o desenvolvimento dos ossos e tecidos faciais.

Tratamento

Existem diferentes abordagens de tratamento para cada tipo de fissura facial rara, levando em consideração a gravidade do caso. A correção das estruturas externas faciais, como os tecidos moles, com o objetivo de alcançar uma aparência facial harmoniosa e a intervenção na parte óssea, focando no plano ósseo profundo. É importante considerar cada etapa do tratamento para obter resultados satisfatórios.

Paul Tessier e suas contribuições

Nascido em 1917 na pequena cidade de Heric, na França, Paul Louis Tessier é amplamente reconhecido como o pioneiro da cirurgia craniofacial. Ao visitar renomados centros de cirurgia plástica na Europa e nos Estados Unidos, Tessier adquiriu uma vasta experiência, além de treinar a primeira geração de cirurgiões craniomaxilofaciais em todo o mundo. Suas contribuições tiveram um impacto significativo na prática da cirurgia plástica, cirurgia maxilofacial e neurocirurgia em geral.

A classificação desenvolvida por Tessier, que varia de 0 a 14, começa pela face, e quando a fissura afeta crânio e face, a soma dos dois números não ultrapassa 14. Isso significa que, por exemplo, a classificação 0-14, 1-13, 2-12 e assim por diante é usada para categorizar as deformidades craniofaciais. Graças aos ensinamentos de Tessier, diversos Centros de Cirurgia Craniofacial foram estabelecidos, proporcionando tratamento para uma ampla variedade de deformidades congênitas, neoplásicas e traumáticas em pacientes.