As últimas décadas têm sido marcadas por enormes mudanças na forma como as pessoas lidam com a tecnologia, com o consumo de mídia e com a prestação de serviços, e não há ninguém que possa discordar dessa afirmação.
Algumas das maiores emissoras de televisão do mundo, como é o caso da Globo, por exemplo, foram assistindo (com licença para o trocadilho) sua popularidade e espaço sendo reduzidos cada dia mais, e sendo ocupados, tanto por canais de TV por assinatura quanto por streamings, como a Netflix e plataformas digitais, como o Youtube.
A forma que a geração nascida a partir dos anos 90 consome mídia é completamente diferente do que faziam as gerações anteriores.
Não é mais aceitável esperar um ou dois dias para assistir um filme que vai passar na televisão e ser exibido com dezenas de interrupções.
Hoje, qualquer pessoa pode comprar um IPTV – Internet Protocol Television (Televisão por Protocolo de Internet em português) como o Duosat Vortex ou o Amiko Pro e ter acesso a centenas de canais, Amazon, Netflix, Youtube e todas as outras plataformas de mídias, para assistir o filme que quiser, quando quiser, quantas vezes quiser.
Isso sem falar nas opções esportivas, antes limitadas ao futebol, exibido aos domingos (salvo raras exceções).
Com o avanço da tecnologia, a maior distribuição de internet, a melhoria da qualidade do sinal e aparelhos diversos que conseguem acessar a programação de praticamente todos os canais do mundo, as novas gerações têm acesso a muito mais tipos de esportes, inclusive dos games jogados na internet, que tem pouca (para não dizer nenhuma) atenção da mídia tradicional brasileira.
Agora, os jogadores digitais, podem se sentar na melhor cadeira gamer da sua casa e assistir campeonatos que jogos como Free Fire e diversos outros, que ocorrem em diversos lugares do mundo, e, inclusive, fazer isso enquanto jogam, sem nenhuma limitação.
Embora haja diversos protestos em relação aos serviços de IPTV e a venda de aparelhos, a verdade é que eles são mais acessíveis do que a contratação de muitos serviços e que estão a um clique de qualquer consumidor, que pode comprá-los pela internet e receber em qualquer lugar do Brasil, independentemente do Cep Correios em que residem, contrapondo o fato de que o Brasil ainda é um país muito desigual e há inúmeros locais que não são atendidos pelos provedores de canais de assinatura, em especial as comunidades mais carentes e as regiões mais isoladas do país.
Nesses locais, o IPTV acaba sendo a única forma das pessoas terem acesso aos conteúdos exibidos pela televisão, até porque, em muitas dessas localidades, nem os canais abertos exibem suas programações.
Em meio a diversas polêmicas, o fato, divulgado pela Anatel Agência Nacional de Telecomunicações), entre os meses de outubro de novembro de 2021, 300 mil clientes cancelaram seus planos de TV a cabo, seja pelo péssimo atendimento oferecido para os clientes, pela cobrança de mensalidades consideradas absurdas ou pelo desinteresse das pessoas em assistir os canais limitados oferecidos por cada prestador.
O que você pensa sobre isso? Acha que o IPTV é uma porta para a pirataria e deveria ser banido, ou o vê como uma forma de fazer com que os conteúdos de mídia cheguem a mais lugares e a mais pessoas?
Redação: Bruna Bozano