Foto: Gabriel Thá/Coritiba
Juntos, Athletico e Coritiba formam a maior rivalidade do estado do Paraná. O primeiro clássico de 2025, válido pelo estadual, ficou marcado por expulsões. Foram 11 no total, seis para o alviverde e cinco para o rubro-negro. Na atual temporada, o Atletiba ainda vai aparecer na Série B após 30 anos.
Na luta pelo acesso à Série A, os arquirrivais terão clubes como Paysandu, Remo, Vila Nova e Goiás pela frente.
Confira abaixo uma lista de curiosidades sobre o confronto entre Athletico e Coritiba:
Polêmica na contagem
Até hoje, Athletico-PR e Coritiba não entraram em um consenso sobre quantos clássicos foram disputados. Isso porque o Furacão conta com jogos amistosos, enquanto o Coxa prefere descartá-los. A garantia é que a rivalidade nasceu em 1924.
Os rivais têm um desacordo em relação ao primeiro atletiba da história. Segundo o Athletico, a partida aconteceu no dia 20 de abril, quando o clássico válido pelo “Torneio Início” terminou com vitória para o Furacão, 2 a 1. Para o Coritiba, a história é outra. O primeiro clássico teria acontecido no dia 8 de junho, pelo Campeonato Paranaense, com vitória coxa-branca por 6 a 3.
Nas duas contagens, o Coritiba tem mais vitórias do que o Athletico. Confira:
- Contagem do Coxa: 358 jogos, 137 vitórias alviverdes, 115 vitórias rubro-negras e 106 empates.
- Contagem do Furacão: 394 jogos, 149 vitórias alviverdes, 126 vitórias rubro-negras e 119 empates.
Títulos na casa do rival
Levantar uma taça na casa do rival tem um gostinho especial, né? Em 2004, o Coritiba viveu essa glória intensamente.
Foto: Antônio Costa/Arquivo
Como o time treinado por Antônio Lopes venceu o jogo de ida por 2 a 1, o empate já era o suficiente para o Coxa na disputa pelo título. A Arena da Baixada recebeu a grande decisão, que se tornou um dos jogos mais emocionantes da história do clássico.
O time alviverde saiu na frente em chutaço de Jucemar. Porém, o Athletico agiu rápido e virou com Rogério Corrêa e Jadson. Tuta, campeão paraense no Furacão em 1998, apareceu para deixar tudo igual novamente. Tudo isso na primeira etapa. Ainda deu tempo para Igor fazer 3 a 2 para o Athletico e animar os rubro-negros com a possibilidade do título. Mas, quem saiu feliz foi o Coritiba
Tuta, de cabeça, fez o segundo gol dele na partida, e deu ponto final, 3×3 na Arena. Na comemoração, o atacante mandou a torcida rubro-negra calar a boca. Com isso, o Coxa foi campeão na casa do rival.
12 anos depois, o Athletico atropelou o adversário e deu o troco em grande estilo. Em 2016, com Nikão, Weverton e Thiago Heleno no elenco, a equipe de Paulo Autuori foi campeã paraense com 5 a 0 no agregado.
Foto: Geraldo Bubniak/AGB
Na Arena, o Furacão já havia vencido por 3 a 0 e manteve o ritmo no jogo de volta. Com gols de Walter e Ewandro, o Rubro-Negro levantou a taça do estadual no Couto Pereira, algo que não acontecia desde 1990. Além disso, o clube vinha de um jejum de sete anos sem títulos.
Origem do apelido “Coxa-Branca”
Em um Atletiba de 1941, válido pelo Campeonato Paranaense, o Coritiba venceu por 3 a 1. A derrota rubro-negra irritou o torcedor Jofre Cabral e Silva, que se tornaria presidente do CAP.
O zagueiro Hans Breyer, por ser refugiado da Alemanha e ter uma aparência diferente dos demais, ouviu diversos insultos: “quinta-coluna” e “coxa-branca”.
Alvo das torcidas adversárias, Hans se destacou como um dos melhores zagueiros do estado na década de 1940. Ele tinha herança germânica, assim como o clube nos primeiros anos de estruturação.
O que foi usado como insulto contra Hans virou um símbolo para o Coritiba Foot Ball Club. O site oficial do clube diz que a torcida adotou o apelido “Coxa-branca” no Campeonato Paranaense de 1969. O termo se tornou grito de guerra.
Encontros na Série B
Na história do futebol brasileiro, o clássico Atletiba apareceu poucas vezes na Série B. Em 2025, a Segunda Divisão receberá Furacão e Coxa, assim como foi em 1990 e 1995. Portanto, será apenas a terceira edição que a rivalidade paranaense desponta.
Em quatro jogos disputados, são dois empates e uma vitória para cada lado. Na última vez que participaram da Segundona, Athletico e Coritiba subiram juntos para a elite.